José Antônio Silva (Toni de Santana), nasceu em 1944 em Santana de Ipanema, cidade do médio sertão de Alagoas. Teve influência musical dos pais. Seu pai, Antônio Constantino tocava cavaquinho e sua mãe Maria gostava de cantar.
Segundo o santanense, João Francisco das Chagas Neto, associado da Academia Santanense de Letras, Ciências e Artes, a família morava no bairro Camoxinga. Esclarece, ainda que seu Antônio Constantino era dono de uma canoa que fazia a travessia do rio Ipanema, no Poço do Juá, nas épocas das enchentes, antes da construção da ponte General Tubino em 1969, que liga o centro da cidade ao bairro Domingos Acácio. O remador da canoa era Zé Domingos, filho de seu Manoel Domingos, irmão de Dionísio, conhecido como Tarde Fria.
Aos 15 anos, paralelo aos estudos, já ensaiava seus primeiros acordes no violão e suas primeiras composições musicais. Apaixonado pela música regional e fã de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, Jackson do Pandeiro, Sivuca e outros.
Aos 18 anos foi morar no Recife para continuar seus estudos. Formou-se em Engenharia Civil na UPE - Universidade Estadual de Pernambuco. Cursou música no Conservatório Pernambucano de Música, Curso Miname e Técnica vocal na UPE. Participou de programas de calouros na Rádio Jornal do Comércio, no Festival “Uma Canção para Recife” com a música “A Veneza Brasileira”, e no “Canta Nordeste”, da Rede Globo, Concursos de frevo e outros programas de rádio e Tevê.
Seu estilo musical, são ritmos regionais, tais como: forró, xote, arrasta-pé, toada, coco, frevo e ciranda. Como cantor e compositor gravou os seguintes álbuns: A Veneza Brasileira, (1992); O Cheiro do Forró, (1995); O Tempero do Amor, (2002) e Em qualquer estação, (2015).
Casado com Zélia Monteiro, coautora de duas músicas, vive com suas filhas Adriana, Cristina e Tatiana e seus queridos netos, Rafael, Camila, Sofia, Maria Eduarda e Mateus.
Tive conhecimento da obra do artista ainda nos anos 1990 vasculhando o acervo da loja Cardoso Discos, procedimento que eu repetia de tempos em tempos.
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José Antônio Silva (Toni de Santana)
Santana do Ipanema
Cidade onde eu vim nascer
Hospitaleira e bela
De ti não posso esquecer
Recordo minha cidade
Tão linda em pleno sertão
De ti eu sinto saudade
Enfim no meu coração
E quando o sol despontava
Eu já começava a andar
Nas águas do rio Ipanema
Gostava de mergulhar
Nas águas do rio Ipanema
Gostava de mergulhar
Qualquer pessoa relembra
A sua terra natal
E mesmo estando distante
Recorda tudo afinal
E quando as tardes chegavam
Ficava a contemplar
As tuas belas paisagens
E o sol então a brilhar
Santana do Ipanema
Por fim eu vou relembrar
Teu céu tão lindo e estrelado
E as noites sob o luar
Teu céu tão lindo e estrelado
E as noites sob o luar.
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Fevereiro,2024
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