Foto: Willy Blog, Redes Sociais |
Havia em minha terra natal um sacristão muito conceituado, embora inveterado jogador do "bicho".
Neto do educador Professor Enéas Araújo, de saudosa memória, pioneiro da educação em Santana do Ipanema, ao lado de sua esposa Maria Joaquina Araújo. Floro também dedicou-se ao magistério quando dirigia o tradicional Colégio Santanense, nos idos de 1937/1940 e de 1952 a 1973, no Rio de Janeiro. Ao mudar-se para o Rio de Janeiro, dedicou-se inicialmente aos estudos contábeis, enveredando pela advocacia. Diplomado em Direito pela antiga Universidade do Brasil, atuou nos Ministérios da Justiça e do Trabalho, até fixar-se em São Paulo, onde foi Procurador Federal da Justiça do Trabalho. ( José Marques Melo)
Também exerceu o jornalismo, como repórter da Gazeta de Notícias, em 1952. Sua atividade de escritor foi cultivada a partir dos anos 1970, certamente otimizando o tempo disponível com a aposentadoria no serviço público federal. Publicou uma dezena de monografias históricas. Algumas foram dedicadas especialmente a Santana do Ipanema, marcando seu retorno à terra natal, depois de muitos anos de ausência, como bem registrou na "Oração do Exílio" ( Araújo Melo), 1976, p. 13). Compõe a trilogia santanense: Santana do Ipanema em prosa e verso (1989), Senador Enéas Augusto Rodrigues de Araújo, meu avô (1984) e Santana do Ipanema conta a sua História (1976), esta última escrita em parceria com o irmão Darci de Araújo Melo. (José Marques Melo)
A metodologia que adota nessas obras é principalmente a história oral, recorrendo a anciãos considerados legatários da memória coletiva para suprir as lacunas da historiografia oficial, ancorada em documentos nem sempre confiáveis. O valor intrínseco da obra escrita pelos dois irmãos Melo fica evidenciado no prefácio de Evaristo de Moraes Filho. " Com este ensaio dá-se a Santana do Ipanema o seu verdadeiro lugar na formação e no desenvolvimento do povo alagoano, sofrido, heroico, sempre às voltas com as maiores dificuldades econômicas, mas sempre as superando (...) ".
Pelo conjunto do seu trabalho Floro de Araújo Melo foi agraciado com a cadeira de Patrono nº 12 da Academia Santanense de Letras, Ciências e Artes, ocupada pela acadêmica Lícia Cibelle Maciel Carvalho.
O Pe Bulhões e seu fiel escudeiro Caiçara..Tem muitas histórias ainda para ser contadas.
ResponderExcluirCaiçara , pelo que sei, era pai de Dona Adelina, casada com Tibúrcio Soares , e de Zequinha Caiçara ..
Parabéns, João de Liô!