A fatadinha

 





Manoel Timóteo de Araújo – Moreninho - convidou a mim (Antônio Sobrinho) e ao Arlindo, gerente da Agência, para ir à propriedade dele, a fazenda “Pedra do Letreiro” em Poço das Trincheiras, comer uma “fatadinha” (buchada). Chamou também Raimundo Aquino, nosso fiscal da carteira rural.

Como sempre, nós levamos as famílias – funcionários, mulheres e filhos na Kombi velha que o grupo possuía, conduzida, como Deus era servido, por João Neto – o João de Liô.




E lá chegamos. Bebida, comida, animação de violão com João de Liô, tentando acompanhar os desafinados bancários. Mas o melhor foram as tiradas de Moreninho, espirituoso, irreverente e sem papas na língua. Lá pras tantas a dona da casa saiu-se com essa:

- “Moreninho não é gente não! Chegou aqui me dizendo que tinha chamado seu Arlindo e seu Antônio. E chegou meio mundo de gente, ave-maria”. Justificativa do dono da casa: “Nita, eu só convidei seu Arlindo e seu Antônio. Raimundo foi chamado pra ensinar o caminho pois era o único que sabia.

E o dia foi de festa, com direito a picadas de marimbondos que faziam ninho na tal Pedra do Letreiro, sítio arqueológico com inscrições rupestres.

À saída Moreninho perguntou se todos tinham gostado e ante a resposta que sim, arrematou:

- “Bom, fiz o que pude, se não agradou… quem quer passar bem carrega a mãe na garupa”.


*Antônio Alves Sobrinho( Tonho Cupim)





*Antônio Alves Sobrinho (Tonho Cupim) é bancário aposentado, maçom, pernambucano de Betânia, radicado nas terras alagoanas há décadas. Fomos companheiros de jornada no Banco do Brasil.

Comentários

  1. Hayton Rocha20/12/2022, 07:56

    Grande Tonho Cupim! Um primor de “causo”. Curto e certeiro como coice de preá.

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  2. Boa tarde!
    O Tonho está me saindo melhor que a encomenda...kkkk
    Muito bom...
    Parabéns Tonho.
    João Neto Oliveira

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