Contexto Histórico: Breve relato da ditadura militar no Brasil
Em novembro de 1965, a ditadura cassou os partidos políticos e implantou o sistema bipartidário: enquanto a Arena (maioria no Congresso) apoiava o governo, o MDB fazia oposição a ele.
Na maior parte do tempo, o Congresso permaneceu aberto, mas o novo regime tirou sua autonomia. Quando algum parlamentar denunciava o governo, ele era cassado. Em 1966, no entanto, a ditadura fechou o Congresso. O presidente Castelo Branco só o reabriu depois que alguns parlamentares oposicionistas foram presos ou cassados. A reabertura do Parlamento chegou com uma nova Constituição, aprovada em janeiro de 1967 sem uma Assembleia Constituinte.
Desde o início da ditadura, houve muitos protestos contra ela. Graças a forte atuação, os estudantes e trabalhadores foram os principais alvos do regime. Em outubro de 1964, a UNE e todas as entidades estudantis foram extintas. No ano seguinte, os universitários da UnB (Universidade de Brasília) foram considerados subversivos pela ditadura, que fechou o local após a invasão da polícia.
Em março de 1968, uma manifestação contra a má qualidade do ensino foi reprimida com a morte de Edson Luís de Lima Souto, de 18 anos, no restaurante estudantil Calabouço, no Rio de Janeiro. A reação levou estudantes e setores da Igreja Católica e da sociedade civil a realizar uma das principais manifestações contra a ditadura, a passeata dos cem mil.
Foi também naquele ano que aconteceu a primeira greve de trabalhadores, em Osasco. Mas foram os operários do ABC Paulista, na Grande São Paulo, que deram mais trabalho. Para tentar conter os protestos, os militares intervieram em sindicatos e afastaram seus líderes. A partir de então, os nomes dos dirigentes sindicais precisavam ser aprovados pelo Ministério do Trabalho.
Um dos protestos mais agressivos aconteceu no dia 4 de setembro de 1969, quando um grupo conhecido como MR-8 sequestrou o embaixador americano no Brasil, Charles Burke Elbrick, libertado três dias depois em troca de 15 presos políticos. Os envolvidos no caso foram exilados no México.
Apesar dos protestos, a ditadura gozou de popularidade, especialmente porque a economia do país cresceu muito entre 1963 e 1973, década conhecida como "milagre econômico": foi o auge da ditadura. A partir de 1974, último ano de mandato do presidente Médici, esse crescimento começou a diminuir porque a inflação aumentava junto com a dívida externa. Em 1979, o fim do "milagre" já era sentido pela população, que aumentou os protestos. Foi principalmente nesse período que as greves dos metalúrgicos do ABC - comandados pelo então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva - aprofundaram a crise da ditadura.
A solução encontrada pelo então presidente Ernesto Geisel foi abrandar a repressão. A ditadura deu início a uma transição gradual para a democracia. O presidente João Figueiredo acabou com o bipartidarismo, aprovou eleições diretas para governador em 1982 e anistiou militares e opositores.
Nestor, nasceu no dia 07.01.1940, em Santana do Ipanema, segundo filho do casal Darras Noya e Marinita Peixoto Noya. Darras, chefe dos correios da cidade e Marinita, professora e diretora do Grupo Escolar Padre Francisco Correia. Seu Darras, além de servidor dos correios, era boêmio, de bem com vida e integrado aos movimentos sociais e culturais da comunidade. Apaixonado por música, participou, em 1937 da Filarmônica Santa Cecília sob a regência do Maestro José Ricardo Sobrinho e nos anos 40, grupo musical “Seresteiros do Sertão”, fotógrafo, filatelista, numismático e colecionador de garrafas de aguardente lacradas. Não foi por acaso que o Museu da Cidade recebeu seu nome.
Aniversário de Nestor Peixoto Noya, década de 1940. Jair Queiroz, Ze Neto, Nestor Noya, Terezinha Simoes, Izaltina, Terezinha Queiroz, e no colo Ivone Queiroz. |
Nestor e Geraldo Bulhões |
Nesse ambiente multicultural cresceu o menino Nestor rodeado de amigos, desfrutando da bucólica vida interiorana, das brincadeiras e peraltices. Estudou as séries iniciais em Santana. Cursou o ginásio e o científico no Colégio XV de Novembro em Garanhuns PE, juntamente com os inseparáveis amigos Emílio Silva e Geraldo Bulhões(1938-2019). Estiveram juntos nos principais eventos e movimentos sociais da época, sendo fundador da festa da juventude em 1961 e da Rádio Candeeiro, em 1962.
Cursando o científico, ainda em Garanhuns, teve uma grande paixão por uma estudante daquele educandário e, por essa razão, foi obrigado a deixar a Instituição, indo morar em Maceió.
Anarquista e politicamente ativo Nestor mudou-se para o Rio de Janeiro e lutou contra o regime militar no Brasil. Estudou engenharia civil no Rio de Janeiro. O ideal libertário, a defesa dos diretos civis e a vocação para as artes visuais nortearão decisivamente sua existência.
Entre 1967 e 1970, morando do Rio de Janeiro foi ator, assistente de câmera, assistente de diretor e fotografia, participando ativamente do movimento do cinema novo. Trabalhou com Arnaldo Jabor, Adnor Pitanga, Olney São Paulo e Vander Sílvio, dentre outros. Eis sua filmografia:
Amor em Quatro Tempos, 1970. Direção de Vander Sílvio, Musical. Nestor e Adnor Pitanga foram atores;
Jardim de Guerra, 1970. Direção de Neville de Almeida. Drama. Atuação como foi assistente cinematográfico;
Manhã Cinzenta, 1969.(clique para assistir) Direção de Olney São Paulo. Documentário. Drama. Nestor foi ator;
A Opinião Pública, 1967.(clique para assistir) Direção de Arnaldo Jabor. Documentário. Nestor foi diretor de fotografia;
Primeiro longa-metragem dirigido por Arnaldo Jabor, o documentário é considerado o primeiro filme brasileiro do chamado “cinema verdade”, mostrando entrevistas com anônimos nas ruas do Rio de Janeiro. São pessoas da classe média que, em plena ditadura militar dos anos 1960, confessam seus medos e aspirações e revelam a alienação política.
Ficha técnica: Direção: Arnaldo Jabor; diretor assistente: Vladimir Carvalho; roteiro: Carlos Drummond de Andrade e Arnaldo Jabor; fotografia: Ivo Campos, João Carlos Horta, Dib Lutfi, José Medeiros, Nestor Noya; Produção: Jorge da Cunha Lima, Luiz Fernando Goulart, Arnaldo Jabor e Nelson Pereira dos Santos.
Em Busca do Tesouro, 1967. Direção de Carlos Alberto de Souza Barros. Comédia. Nestor foi assistente de diretor.
Em 1971 mudou-se para Brasília para realizar seu sonho de estudar cinema na UnB – Universidade de Brasília. Durante o regime militar a UnB foi invadida diversas vezes, porém a invasão mais violenta aconteceu em 1968. Os alunos protestavam contra a morte do estudante secundarista Edson Luis de Lima Souto, assassinado por policiais militares no Rio de Janeiro. Cerca de 3 mil alunos reuniram-se na praça localizada entre a Faculdade de Educação e a quadra de basquete. Esse foi o estopim para o decreto da prisão de sete universitários, entre eles, Honestino Guimarães. Universitários foram considerados subversivos e muitos foram expulsos do País.
Embora Nestor não tenha sido expulso, nem preso até aquele momento, a pressão psicológica era intensa. Permanecendo com os ideais que tinha e os movimentos dos quais participava e apoiava, inevitavelmente a prisão e expulsão seria apenas questão de tempo. A opção que restava era partir para o autoexílio, juntamente com os companheiros expulsos do País.
Inicialmente ele fugiu para o Chile como exilado político, porém o povo chileno também vivia sob regime militar. O agravamento da crise política no Chile obriga-o a fugir mais uma vez. Dessa vez, vai para o Paraguai e tem proteção da Embaixada Brasileira. Durante sua militância política no Chile e Paraguai, continuou apoiando os ideais revolucionários contra os regimes ditatoriais. Junto com outros companheiros não vislumbrando alternativas, decidem partir para a Europa, visto que Nestor almejava se dedicar a sua paixão de estudar cinema.
Em 1973, com o intuito de ir à Polônia ingressar na faculdade de cinema naquele País, Nestor chegou ao sul da Suécia, na cidade denominada “Ystad”, onde morou por algum tempo. A charmosa "Ystad" é um centro importante da indústria cinematográfica sueca. Lá se encontra o cinema mais antigo do país "Biografteatern Scala", um estúdio de produção e o museu de filmes interativos Cineteket.
A monografia “Imprensa do Exílio” da graduanda em jornalismo Thatiana Amaral de Barcelos, em 2008 pela UFRJ-Universidade Federal do Rio de Janeiro, fez um trabalho minucioso e singular de reconstituição histórica da chegada e adaptação dos brasileiros exilados naquele ano, seus dilemas e expressão cultural até a decisão de retorno ou permanência no Continente, incluindo depoimentos:
“(...) A França, Suécia e Suíça foram os primeiros países que os acolheram. A França assumiu uma política restritiva em relação à concessão de asilo aos latino-americanos desde 1964 e tornou-se ainda mais rigorosa após maio de 1968. Mas em 1973, com o golpe de Pinochet, o governo francês adotou uma postura liberal e recebeu um número expressivo de refugiados. A partir de então, o governo iniciou o repasse de verbas públicas para organizações que cuidavam da recepção, instalação e adaptação dos exilados.
Na Suécia, o Estado assumiu diretamente a acolhida dos refugiados. Em um primeiro momento o governo os instalou no campo de Alvesta, distribuiu os recursos materiais necessários à sobrevivência e forneceu bolsas de estudo para aqueles que desejassem estudar a língua local.”
Em entrevista concedida à autora, por Jaime Cardoso em 20.07.2007, ele afirma: Tivemos uma recepção do Governo Sueco extraordinária. O primeiro mês eles nos chamavam de “Nosso Palmo”. Nos deram todo o apoio, nos vestiram completamente, a gente chegou sem nada. A assistência social nos dava uma bolsa para estudar o idioma. Os que estudavam sueco tinham que estar em um acampamento no interior da Suécia, onde a gente tinha comida, assistência médica, tudo. Foi uma recepção, assim, humanitária, de solidariedade do povo e do governo sueco inesquecível.” (pg.60)
A adaptação ao novo País não desligou dos exilados das lembranças e dos ideais de liberdade. Em vista disso organizaram a publicação de revistas, conforme descreve a monografia “Imprensa do Exílio”: (...) A falência do projeto político, que previa a derrubada da ditadura brasileira mediante o confronto direto, contribuiu para a estruturação de novas formas de militâncias. As revistas editadas neste período demonstram a frustração gerada pela não concretização das expectativas de retorno e pela alteração no cenário político que determinou um novo exílio dentro do exílio. Neste contexto, este material passou a atuar na mobilização da opinião pública internacional contra a violação dos Direitos Humanos pelo Governo Brasileiro e no combate ao desenraizamento provocado pela expatriação.
“A revista "Reflexo da Cultura Brasileira no Exílio", editada na Suécia em 1978, ilustra este processo. Ela foi organizada com o objetivo de criar um espaço para a divulgação das produções culturais de brasileiros sediados no exterior. Seguindo este propósito foram reunidas expressões artísticas diversas, como fotografia, desenho, literatura e poesia. A publicação retrata o ambiente depressivo causado pelos longos anos passados no exterior. E embora alguns textos expressem a solidão proporcionada pela estada forçada no exterior, suas ficções abordam mais questões relacionadas ao período da militância - como as perseguições, prisões, torturas e despedidas - do que a própria condição de exilado.”
“(...) Já a revista "Fragmento da Cultura Brasileira", editada na Suécia em 1979, surgiu após uma divergência sobre a forma de condução da "Reflexo da Cultura Brasileira no Exílio", e manteve a antiga orientação direcionada a promover a divulgação da produção cultural brasileiras no exílio. A revista Fragmento foi publicada em um momento em que o processo de Anistia gradualmente se concretizava, logo os seus textos refletem o otimismo pela possibilidade de retorno ao Brasil. Já as entrevistas com artistas e personalidades brasileiras realizam a autocrítica do exílio e de suas contribuições para a conformação da esquerda brasileira no pós-anistia. (...)”
Prosseguem os relatados da vida dos exilados em Estocolmo: “(...) já a revista "Reflexo", editada em Estocolmo em 1978, demonstra a angústia e o pessimismo da colônia de exilados diante do prolongamento do exílio. O material reunido na publicação se apresenta mais próximos da realidade brasileira do que da própria condição de exilado e da vivência em terras estrangeiras. Através de textos ficcionais, foram narradas perseguições, prisões, torturas e arbitrariedades promovidas pelo governo militar brasileiro, até mesmo, nos recantos mais distantes do país.”
“(...) Já Nestor Peixoto Noya, estabelece uma dicotomia entre o dentro e o fora, na qual o primeiro refletiria um vazio interior dominado pela angústia e inquietação, enquanto o fora seria o mundo exterior com sua dinâmica própria. Embora o texto seja pessimista, o autor demonstra a intenção de lutar contra a solidão que o aflige diante de sua condição de exilado.
O trabalho vai ser duro
- Abrir as portas, varrer a poeira, rebocar as paredes,
estar presente n’algum lugar,
sentir, pensar, amar
(Somente assim a solidão cessa.)”
“(...) O periódico foi datilografado em português e possuía 108 páginas. Os textos foram elaborados pela comissão de editores, por colaboradores que conheciam os organizadores ou por aqueles que enviavam materiais para o endereço divulgado na contracapa. A escolha dos textos buscava representar a diversidade da produção cultural brasileira no exterior por meio da reunião de expressões artísticas diversas – como fotografia, desenho, literatura e poesia. Entre as primeiras, há fotografias de caráter artístico – como aquelas assinadas por Nestor Peixoto Noya e Reginaldo Faria – quanto trabalhos de fotojornalismo que registravam o Simpósio “Brasil no limiar da década de 80” e as entrevistas realizadas com algumas personalidades, deixando assim entrever um pouco do cotidiano deste grupo.”
“(...) Entre os trabalhos vinculados às artes gráficas há um desenho de Eli que retrata uma mulher com pássaros saindo de seus olhos. O desenho pode representar uma ambiguidade comum aos exilados, já que, para muitos, esta condição representou a liberdade de uma vida clandestina, da perseguição, das prisões e da tortura. Ao mesmo tempo, as aves podem ser interpretadas como a expansão dos horizontes através do contato com diferentes culturas no exterior. Por outro lado, dos olhos da mulher também saem lágrimas que denotam a dor das despedidas e das incertezas sobre quando reveria os seus entes queridos.
Também há uma fotografia, possivelmente inspirada no movimento concretista, que registra uma esfera e sua sombra em um chão ladrilhado por tijolos. Foi publicado ainda um trabalho de Nestor Peixoto Noya, que retrata uma via com inúmeros cartazes afixados em uma extensa parede e uma fotografia de Reginaldo Farias que enquadra crianças brincando em uma rua qualquer.”
“(...)A decisão de voltar nem sempre representou uma tarefa fácil. Ao mesmo tempo em que o retorno representava o comprometimento com os anos de luta pela Anistia no Brasil, também implicava na necessidade de mais uma vez se readaptar a uma nova realidade. O Brasil, no alvorecer dos anos 1980, era muito diferente daquele país deixado para trás, em alguns casos, desde o início dos anos 1960. Assim como nas partidas, os retornos também promoveram rupturas e reconstruções nos processos identitários.”
“As revistas e jornais produzidos pela colônia de exilados, no final da década de 70, possibilitam o estudo da receptividade das notícias sobre o Brasil entre tais grupos. O jornal Brasil mês a mês na Imprensa, publicado em Moscou entre 1975 e 1979, realizava o acompanhamento dos fatos selecionados na imprensa brasileira que eram considerados de maior relevância para os exilados. Através das páginas do periódico pode ser percebido o incremento do nível de politização entre a classe trabalhadora e as alterações que se processavam nas relações políticas nacionais, para que assim fosse possível reestruturar as estratégias de luta quando se processasse o retorno.
Enquanto a revista "Fragmentos da Realidade Brasileira", editada na Suécia em 1979, reflete o clima de otimismo proporcionado pela concretização da possibilidade de retorno ao Brasil com a conclusão do projeto da Anistia. A revista possibilita uma reflexão sobre questões próprias do exílio e permite entrever as influências do contato com a cultura europeia para a atualização do projeto político dos exilados brasileiros.”
Nestor e a Rainha Sílvia
no Instituto. Anos 70.
Nestor decidiu permanecer no país e naquele ano foi admitido como fotógrafo pelo Governo Sueco no Disability Institute, que mais tarde mudou seu nome para Assistive Technology Institute (HI). O instituto (HI) era uma associação sem fins lucrativos cujos membros eram o Estado, Municípios e Conselhos Municipais da Suécia. O objetivo do Instituto de Tecnologia Assistiva era trabalhar para a plena participação e igualdade para as pessoas com deficiência, contribuindo para o desenvolvimento e produção de recursos materiais e tecnológicos adequados aos deficientes. Por meio de seu trabalho, o instituto contribuiria para o aumento da acessibilidade na sociedade para pessoas com deficiência.
Após 30 anos de serviços prestados como fotógrafo, aposentou-se compulsoriamente em 2007. Relatos das pessoas que conviveram com ele atestaram-no como pessoa generosa, amável e de sorriso largo. Por seu jeito contagiante de rir, sua presença era logo percebida onde estivesse, ratificando, portanto, as virtudes sociáveis da família Noya.
Foto de Nestor no Instituto.
André está manobrando o computador pela boca. Anos 90.
Enquanto morou em Estocolmo, retornou algumas vezes a Santana do Ipanema. José Peixoto Noya (Zé Neto), seu irmão, queria muito que ele retornasse ao Brasil, porém Nestor afirmava que queria continuar morando na Escandinávia. Assim o fez.
Faleceu dormindo no dia 06.11.2016, aos 76 anos, vítima de parada cardíaca. Sua cremação foi em 22.11.2016, em Estocolmo. Admirado e querido por seus vizinhos e amigos, muita gente compareceu à cerimônia de despedida organizada por sua filha Joana, para lhe prestar derradeira homenagem.
Deixou 03 filhos; João Pedro, do relacionamento com Liana Vieira, residentes em Niterói, RJ; Joana Peixoto Noya, do relacionamento com Yara Pontes Neto e Simon Moacyr Robin Wallin, do relacionamento com Katharina Wallin, ambos residentes na Capital Sueca.
Nestor jamais deixou de perseguir seus ideais de liberdade ainda que para isso fizesse a grande travessia ao Continente Europeu estabelecendo uma ponte permanente com o Sertão Alagoano, pois os sonhos jamais envelhecem! A hora da volta chegou.(clique para ver)* Era o seu desejo que seus restos mortais retornassem à terra natal. Assim se cumpriu. Em 29.04.2017, numa manhã chuvosa, rodeado de amigos e familiares foi sepultado no cemitério Santa Sofia, em Santana do Ipanema, no túmulo da família. Que descansem em paz: Darras Noya, Marinita Peixoto Noya, José Peixoto Noya, Nestor Peixoto Noya e as irmãs que morreram recém-nascidas.
*Canção "Viola Enluarada" de autoria dos irmãos Marcos & Paulo Sérgio Valle, interpretada por Marcos em dupla com Milton Nascimento. Lançada pela Odeon no compacto simples em maio de 1968.
Revista Fragmento da Cultura Brasileira
editada na Suécia em 1979
Fonte: Jornalista Thatiana Amaral de Barcelos
Revista Reflexo da Cultura Brasileira no Exílio
editada na Suécia em 1978
Fonte: Jornalista Thatiana Amaral de Barcelos
Carta assinada pela secretária da Realeza Sueca. Tradução: " A pedido da Realeza eu agradeço por você ter enviado a agenda de fotos de 2005 para o aniversário da Rainha e também por ter escrito à família Real. Com carinho Margareta Wickberg." Fonte: Acervo de Nestor
Publicação em abril de 2017 revisada em janeiro 2021
Fontes de Referência:
Barcelos, Thatiana Amaral. Imprensa do Exílio. Orientador: Prof. Ana Paula Goulart
Ribeiro. Monografia (Jornalismo). Rio de Janeiro: UFRJ/ECO, 2008, 121p. E-mail.:
thati.amaral@hotmail.com
Morais, Julierme (organizador). A Sétima Arte por historiadores(livro); críticas, cineastas, filmes e espaço. São Paulo. 2018. Estudo de caso de “Às margens flamejantes do cinema novo: o caso de “Manhã Cinzenta”, de Ítalo Nelli Borges.
Bom resgate João da luta de um homem pelos seus ideais, ainda que com muitos sacrifícios familiares, pessoais etc.
ResponderExcluirVc sabe de alguém mais de Santana que lutou pela volta da democracia?
O nome de Nestor precisa ser divulgado as novas gerações da cidade. Vc fez sua parte , Parabéns!
Temos informações de Valdemar Rodrigues, filho de Seu Marinheiro, também defendeu os valores democráticos contra a ditadura militar nos anos 60/70. Segundo informações chegou a ser preso em Fortaleza, mas conquistou a liberdade tempos depois.
ExcluirAmigo João Neto.
ResponderExcluirQue história de vida do Sr.Nestor Peixoto.
Família Nota fez história no nosso Sertão Alagoano.
Valorizemos a Democracia Brasileira. Pois, muitos lutaram, muitos morreram. Chegamos hoje onde estamos, porque ontem muitos lutaram.
Abraços. Ailton Magalhães.
Ailton, Nestor vivia intensamente o ideal libertário.
ExcluirUma grande história, João, de um santanense q viveu o alge da repressão e teve um grande posicionamento de luta pela liberdade. Não sabia dessa bela história! Parabéns por mais esse resgate!
ResponderExcluirValeu Júnior. Obrigado pela leitura e comentário.
ExcluirGrande e bela história, João, de um santanense q viveu o auge da repressão e teve um posicionamento de luta pela liberdade. Parabéns por mais esse resgate, nossa história tem q ser contada!
ResponderExcluirValeu Júnior. Obrigado.
ExcluirEu tive o prazer e a feliz oportunidade de conviver com alguns protagonistas desta explendida, e magnífica história. Conheci seu Darras Noya, profa Marinita, Zé Neto Noya (nosso saudoso confradre da ASLCA) . Já Nestor não devo ter visto, na poucas vezes que veio a Santana do Ipanema. Lembro de outro Nestor, o marido de dona Eulina, ambos residentes na avenida Martins Vieira. Mas aí é outra história, do tempo narrado neste documento histórico. Enquanto em Santana, vivíamos as gestões do saudoso Adeildo Nepomuceno Marques. As sangrentas investidas em brigas de família de Valderedo, Zé Crispim e Zé "Gago". É sempre assim, as memórias são evocadas a partir das vivências e experiências de cada um. Valeu caro confrade João Neto Félix parabéns por mais este resgate histórico. Ass. Fabio Campos
ResponderExcluirObrigado Fábio pela sua valiosa contribuição.
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