Eu vim de lá de onde
serra é tema de canção
Onde rimas são forjadas no fogo das paixões
Nos mistérios dos ventos cantantes nos becos e ladeiras
Gente que faz do viver seu cantar e abraçar, obrigação!
Eu vim de lá de onde o Ipanema é coração dividido ao meio
Um rio que chega e fica; outro que parte sem dó, nem
compaixão
Corre afoito, serpenteando rimas limadas nos pedregulhos e
ribanceiras
Arrebatando emoções e as dispersando na finitude das razões
Ainda lembro: Mergulho nas águas barrentas da ponte dos
canos
Euforia de pesca de piaba com litro de vinho
E menino jogando bola
na beira do rio
Ainda lembro: Tiziu pulou no ar e cantou
Roda pião, gira pião e girando...
Foi-se o tempo: tudo mudou e se encantou.
Foto: Santana do Ipanema, 2014 Fonte: Acervo João Neto Felix Mendes |
Belíssimo, João. Vc poderia colocar este porma ou na abertura da apresentação ou no final. Vale! Nuito lindo!
ResponderExcluirObrigado Goretti!
Excluirconsertando: poema☆
ResponderExcluirBonito .
ResponderExcluirEstava com saudade de seus apensos. Pensei que tinha sido expulso da fraternidade. A tecla é a mesma, a fixação às raízes, a busca de sua identidade, o amor à infância.
ResponderExcluirMuito bom
Esqueci de me identificar na mensagem acima. Sou Antônio Sobrinho, que não é grande coisa mas admira João de Liô
ResponderExcluirObrigado Antônio. A admiração é recíproca.
ExcluirMais uma pérola lapidada e externada para nosso deleite.
ResponderExcluirObrigado Fernando. Seu comentário nos estimula a melhorar, sempre!
ExcluirAh Santana dos meus amores! Tenho saudades de ti, Santana do Ipanema, tu moras em meu coração!
ResponderExcluirEstamos juntos. Valeu!
ExcluirSantana para aquém das serras!
ResponderExcluirVamos salvar as serras
ExcluirDa beira do rio a Sant'Ana
Serra do Mar, Serra da Remetedeira
Pra cantar, eu sou Madeira
Cheguei na Serra do Poço
É um colosso, Serra dos Dois "Zirimão"
Brejo, Brejão, eu tô na Serra da Capela
O catuaba tá doente da goela ficou de sentinela,
Se ele morrer, vai pro céu
Fiz um chapéu feito da palha do milho
Serra da Beira do Rio, Serra de Montevidéu
(domínio popular)
Belo texto! Seria ótimo tê-lo eternizado entre as páginas da Antologia Santanense. ����
ResponderExcluirLícia,obrigado. Ficará à disposição!
ExcluirO meu querido primo João tem um talento descomunal...a simplicidade e ao mesmo tempo o rebuscar das palavras, são peculiares em tudo que ele escreve. A memorização de tempos idos também o torna um ser de memória implacável! Parabéns primo pelos apensos, poemas, monólogos e etc.👋👋👋
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